A convite do José Pureza, a Ana Rita e o João Luís partilharam, hoje, connosco, a experiência de Oração que têm construído na vida deles e de cada um (ou vice-versa). Aqui fica o testemunho deles:
«Senhor, eu creio mas aumenta a minha fé!
Senhor, ensina-me a rezar!
Cara comunidade,
Desinstalaram-nos! E isso é bom.
De que nos vale ter uma experiência/vivência de fé se não a sabemos partilhar? Uma vez ouvimos um amigo dizer que a Bíblia era um conjunto de textos que relatavam as histórias da revelação de Deus aos Homens de várias épocas e sociedades, por isso, formavam um conjunto tão rico que merecia ser partilhado e rezado…
Saibamos nós, na nossa humildade literária, ir escrevendo mais umas páginas para juntar à história da revelação de Deus aos Homens por Ele amados. Porque fazemos parte da Sua criação e sabemos que esta “história nunca pode ser travada”.
Partimos de uma ideia base de que a oração é forma por excelência de estar em relação com Deus. Relação de amizade/amor em que existe um enorme bem-querer, como um Amigo próximo que conhecemos há muitos anos, que ora vai estando, mas que nem sempre está presente de uma forma visível. Contudo sabemos estar sempre disponível para nós e nós para ele. Ainda que não nos dediquemos como gostaríamos, quando algo de muito bom ou de menos bom acontece rapidamente nos lembramos Dele, agradecemos as conquistas ou partilhamos as tristezas.
Ana Rita e João Luís
25 de Janeiro de 2008
Deixo-vos para reflexão uma série de frases que fui escrevendo, porque encontro nelas alguma base para poder partilhar convosco a minha aprendizagem contínua e inacabada de oração. Não tenho por hábito escrever o que rezo, nem dedico horas a fio à oração como fiz nos exercícios espirituais de santo Inácio (donde retirei as frases que seguem).
Rezo no meio da confusão mas é no Silêncio, naquele que in ou felizmente não se encontra todos os dias, que melhor O reconheço. E são esses encontros, aqueles que realmente nos marcam, que me fazem ir rezando, num jeito desajeitado, só ou acompanhado, tal como vós!
Outubro de 2002
“Nem sempre é fácil ouvir-Te… Acho que ainda não conheço bem a tua voz (...) Mas queria e quero ouvir-Te… Procurei o espaço certo, a posição certa – difíceis de encontrar! Do quarto, para a capela (…) só senti frio e desconcentração… sentei-me no chão e nada, deitei-me na cama (e não sei se adormeci)
(…) acordei e cantei:
“Quem aguarda pelo noivo
A chama acesa mantém
Não se assusta com a demora
Pois sabe que o noivo vem”
“Obrigado pela coragem, por saber que é bom viver em Verdade (…) Se tem que ser, que seja agora!.. Se é um “jogo”, então que jogue com o baralho todo!”
Junho de 2008
“Confesso-me ainda com medo de por todas as cartas em cima da mesa… E se Deus me troca as voltas? (…) Onde fica a minha liberdade? Será uma simples escolha entre o bem e o mal? (...) Ou haverá um bem e um bem maior? Está escrito e acredito (…) “o vosso Pai sabe que tendes necessidades. Procurai, antes, o Seu Reino e o resto vos será dado por acréscimo”.
“Senhor gostava de te servir lá, mas sinto ser aqui onde agora mais me chamas a trabalhar… Obrigado pela paz e pela clareza destas linhas. Que o bem em mim por Ti criado, não estagne! Que continue a semear esperança ainda que veja o futuro qb mais incerto! Seja feita a Vossa vontade, porque ela é de amor e de bem!”
“Durante a adoração do Santíssimo foi difícil focar no central – Cristo ali mesmo à frente (…) e duvidava como poderia Ele estar ali. Levantei os olhos e fixei-me no Seu corpo por nós entregue (…) Ainda há muito mais por trabalhar (…) Mesmo com a casa meio desarrumada tenho gosto em Te receber…”
“Perante o túmulo vazio, o que Jesus amava acreditou que Jesus está vivo! E eu em que acredito? Tudo somado o que parece ter acontecido? Jesus aparece às pessoas, e deixa-se tocar (no caso de Tomé). Pedro e Paulo partem para Roma, eles que temeram e duvidaram.”
Dezembro de 2008
“Chegamos à parte difícil… ouvir o querer de Deus! Contudo quero acreditar e sei que a vontade de Deus é o melhor para mim e para a construção do Reino… Mas onde me coloco? Sair de mim!”
“Não busco a um Deus dos aflitos indecisos, seria reduzir a minha relação conTigo… Quero-Te presente na minha vida… nas relações que construo… no modo como as construo, as reparo, as renovo! (…)”
“Sei, mas ao certo não sei se sei… Sinto que cada vez que peco me afasto daquele que é o meu maior projecto de vida… Então é difícil recomeçar, aproximar… aumento a distância aos outros... e a Deus também!
Ajuda-me a perceber porque mesmo sabendo te viro as costas?
Obrigado por todos aqueles que pões no meu caminho e que me ajudam a perceber qual o caminho para Ti… Ensina-me a amar quem tanto me dá!”
“Nestes dias fui experimentando o ruído mais do que o silêncio profundo… Sei que as respostas do “Altíssimo” vêm a nós… Basta a nossa atenção, a capacidade para a acolher.”
“Deixa-me escrever a certeza que trago, para que nos momentos mais difíceis não desespere e compreenda que esta é a forma de ser + Humano. Obrigado Senhor por esta grande oportunidade que é Amar (...)”
domingo, janeiro 25
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário