domingo, março 16

A Minha Semana Santa

Olá amigo e amiga! De novo me ponho em contacto contigo. Já percebeste que gosto de comunicar. Já terás notado que durante a Minha vida terrena Eu nunca escrevi nada. É verdade que frequentei a escola, onde aprendi a ler e escrever.
Durante a Minha vida pública preferia falar, falar muito, porque Eu sou o Verbo, a Palavra do Pai. Porém, os Meus discípulos encarregaram-se de escrever parte do que Eu disse e fiz, e isso encontra-lo nos Evangelhos. Só uma vez, quando queriam apedrejar uma pobre mulher, surpreendida em adultério, diante da algazarra daquela gente e das perguntas maldosas, Me inclinei e escrevi umas palavras no chão.
Foi apenas um sinal, uma mensagem de amor. Mas logo se apagaram com o pisar das pessoas. Pelo menos parece que ficaram gravadas nos seus corações, pois nada fizeram contra aquela pobre mulher. Somos muito duros na hora de julgar… e custa-nos muito perdoar.

Hoje desejaria falar-te da MINHA SEMANA SANTA.

Sim, esta Semana podemos considerá-la mais Minha do que as outras, pois vou celebrar com os Meus amigos acontecimentos muito importantes da Minha vida e de todos os que Me seguem. Nesses dias, em muitos lugares, levam-Me para as ruas com uma imensa variedade de imagens. Vou ocupar o centro de muitos olhares, vou ser o protagonista.
O mesmo que aconteceu na Semana da minha Paixão e Morte! Também fui o centro de muitos olhares. Alguns partilharam coMigo certos acontecimentos. Outros contemplaram-Me calados. Outros planearam o modo de Me matar. A multidão, desconcertada, deixou-se levar pelos do costume. Realmente foi uma Semana de alegrias e de dores profundas. Entrei alegre em Jerusalém, a cidade santa, e uma grande multidão acompanhou-Me com palmas e ramos de oliveira. Celebrei a Última Ceia com os Meus Apóstolos num ambiente íntimo, profundo, de grande tensão... Falei muito de amor, de fraternidade, de unidade:
* aí fiz a minha maior loucura de amor: o milagre da Eucaristia para poder estar sempre convosco;
* aí quis dar um exemplo concreto de humildade e de serviço, lavando os pés aos Meus amigos;
* aí insisti muito que o mandamento principal do cristão e da cristã é amar com a Minha medida...;
* aí provei a dor profunda da traição de um dos Meus Apóstolos.

Assim são as coisas humanas. E assim é o respeito que meu Pai e Eu temos pela pessoa humana.

Seguiu-se aquela oração dramática no Jardim das Oliveiras... E tudo o que tu já sabes. Já podes imaginar a dor moral e física para um Coração que só quer amar a pessoa humana e salvá-la do pecado. E a pessoa, as pessoas não aceitaram os planos de Deus Meu Pai. Nesta Semana Santa, vamos celebrar outra vez todos esses acontecimentos, mas gostaria que os celebrasses com um sentimento de acção de graças à vontade do Pai: não se trata de Me exibirem em cruzes e cenas comoventes para provocar sentimentalismo.
Gostaria que a Semana Santa servisse para compreender a gravidade do pecado, isto é, do dizer não ao amor que Eu, o Pai e o Espírito Santo somos, ao amor a nós próprios, aos outros e à natureza. Foi precisamente o pecado que provocou tudo o que nesses dias vamos celebrar. Eu dir-Te-ia mais: que esta Semana Santa sirva também para compreender e saborear como é muito, muito grande a misericórdia de Deus. O muito que Eu, o Pai e o Espírito Santo amamos a pessoa humana que é a Nossa imagem. É que onde abundou o pecado, superabundou a misericórdia! A Nossa bondade não consiste em colocar-se na classe dos “bons”, mas na de “más companhias”, estando ao lado e lutando em favor de quem é marginalizado, excomungado, e condenado.
Sim, grava bem no teu coração: tudo o que Eu fiz, e que vai ser celebrado em tantas igrejas, ruas e praças durante esses dias, foi por ti, e por todas as pessoas. Pelas que me conhecem e me traem, e pelas que não têm a mínima ideia de quem sou Eu. Não me importa. Eu amo-as a todas. Não desejaria nesses dias servir de espectáculo para que aqueles e aquelas que não pensam como Eu ou que não Me conhecem se divirtam ou se danem. Eu sou o rosto pelo qual o Pai se quer fazer invocar, sou a semântica do nome de Deus.

Eu escrevo-te para te pedir uma coisa: se queres realmente dar-Me uma alegria, ajuda-Me a levar a cruz pesada do pecado que vai destruindo a pessoa humana.
Dói-me, mas vamos conquistar o coração dos que se afastaram, dos indiferentes, dos fanáticos, dos hipócritas, dos que negoceiam... Eu quero consolar e fortalecer os bons sentimentos de mudança de vida daqueles e daquelas que sabem valorizar o que o Pai, o Filho e o Espírito Santo fazem para os servir e ajudar a serem melhores.
Gostaria que esta Semana Santa fosse realmente Santa, isto é, em união coMigo e transformadora do mundo. Segue-Me e vamos percorrer juntos o caminho do Calvário. Depois ver-nos-emos na Ressurreição para juntos nos alegrarmos e cantarmos que a Vida é mais forte que a morte!

Um abraço. Não me abandones.

O teu amigo JESUS

(Original tirado da Internet e adaptado por Pe Antônio Geraldo dalla Costa e Pe António Samelo)

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