Parece-nos importante demais para ficarmos calados!... Para não dizer!... Para não gritar!...
Devemos rezar!...
Com todos os que quiserem!... Com todos os que acreditarem que a Paz é possível! Porque "Pai e Paz começam com a mesma letra!" (ver post da Celebração de ontem...)
É preciso divulgar (ainda que 18 de Março já tenha passado...)! É preciso acordar!
Aqui fica o
Apelo
Dêem uma oportunidade à Paz!
Três anos passaram sobre a invasão do Iraque e a marcha da democracia, triunfalmente anunciada pela Administração Bush, revela-se um terrível embuste. O Iraque sintetiza bem os danos que as doutrinas neo-conservadoras estão a causar à Humanidade, justificando o expansionismo militar em nome da democracia, torturando em nome dos direitos humanos e usando armas químicas em nome da civilização. Hoje, o Iraque está à beira da guerra civil, e a Paz surge cada dia mais distante.
A invasão do Iraque não trouxe nem a democracia nem a Paz ao Médio Oriente. Israelitas e palestinianos parecem mais longe do que nunca de uma Paz justa e duradoura; nenhum passo democrático se descortina nas monarquias teocráticas do petróleo em relação às mulheres e aos direitos dos imigrantes; no Irão, o regime isola-se e choca o mundo com ambições e revisionismos obscenos; no Egipto, o governo manipula abertamente as eleições pondo a nu a hipocrisia do Ocidente; no Afeganistão reorganizam-se os talibans e o comércio do ópio; de Istambul a Carachi e de Ramallah a Rabat, quem se reforça são os islamistas mais sectários.
Três anos depois da invasão do Iraque, o mundo está mais injusto e muito mais perigoso, à beira da proliferação em cascata de armas nucleares de destruição maciça. A falta às obrigações de desarmamento por parte das potências nucleares é, aliás, um incentivo para que novos actores se tentem armar. As relações internacionais encontram-se reféns desta escalada, do desprezo pelo Direito Internacional, do enfraquecimento das Nações Unidas, e do sacrifício dos Direitos Humanos no altar da «guerra contra o terrorismo».
Cientes de que a resposta à banalização da guerra constitui um indeclinável dever de cidadania, e solidári@s com quant@s, a 18 de Março, por todo o mundo, se vão manifestar pelo fim da ocupação do Iraque, @s signatários
- Exigem a fixação de um calendário de retirada das tropas ocupantes do Iraque, condição de uma solução política que garanta a paz e a unidade do Estado iraquiano.
- Apelam a um acordo político sobre o programa nuclear iraniano, que impeça a sua deriva armamentista, exigindo, simultaneamente, das potências nucleares a responsabilidade de se comprometerem com uma estratégia para o seu próprio desarmamento, como o Tratado de Não Proliferação Nuclear prevê no seu artigo VI.
- Rejeitam a amálgama entre Islão e terrorismo, bem como os revisionismos e incitamentos anti-semitas, que os instigadores do "choque de civilizações", a Oriente e Ocidente, vêm utilizando para preparar as respectivas opiniões públicas, quer para futuras acções militares, quer para novas e mais restritivas políticas quanto à imigração.
Antes que seja de novo tarde demais, mobilizemo-nos! Só a Paz traz a Paz!
Subscrevem
Ana Gomes, Padre Anselmo Borges, Boaventura de Sousa Santos, Domingos Lopes, Elisa Ferreira, Fernando Nobre, Frei Bento Domingues, Isabel Allegro, José Manuel Pureza, Luís Moita, Maria João Seixas, Miguel Portas, Pedro Bacelar Vasconcelos, Viriato Soromenho Marques
segunda-feira, março 20
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