quinta-feira, abril 8

Entrevista a Albert Rouet, Arcebispo de Poitiers (Le Monde)

«Albert Rouet, Arcebispo de Poitiers, França, numa entrevista ao Le Monde (que aconselho vivamente) afirma profeticamente:

“Pour qu'il y ait pédophilie, il faut deux conditions, une perversion profonde et un pouvoir. Cela signifie que tout système clos, idéalisé, sacralisé est un danger. Dès lors qu'une institution, y compris l'Eglise, s'érige en position de droit privé, s'estime en position de force, les dérives financières et sexuelles deviennent possibles. C'est ce que révèle cette crise, et cela nous oblige à revenir à l'Evangile; la faiblesse du Christ est constitutive de la manière d'être de l'Eglise.”»

Deixo aqui, por sugestão do Samelo, o link para a entrevista na íntegra:
http://www.lemonde.fr/societe/article/2010/04/03/l-eglise-est-menacee-de-devenir-une-sous-culture_1328305_3224.html

Junto, também, a música por ele sugerida:



A Casa do Amigo
(Ricardo Cantalapiedra)

A casa do Amigo não era grande
A casa era pequena
Na casa do Amigo havia alegria
E flores na porta
A todos ajudava nos trabalhos

Seus actos eram justos
O Amigo nunca quis mal a ninguém
Partilhava nossas dores
Partilhava nossas dores

O Amigo nunca teve nada seu
Suas coisas eram nossas
A “terra” do Amigo era a vida
Amor era a sua “terra”
Alguns não quiseram o Amigo
Expulsaram-no da terra
Sua ausência foi chorada p’los humildes
Penosa foi Sua ausência
Penosa foi Sua ausência

A casa do Amigo tornou-se grande
E nela entrou muita gente
Na casa do Amigo entraram leis
E normas e condenações
A casa encheu-se de hipócritas
De negociantes
A casa encheu-se de negociantes
Correram as moedas
Correram as moedas

A casa do Amigo está mui limpa
Mas... faz frio nela...
Já não canta o canário p’la manhã
Nem há flores na porta

Fizeram da casa do Amigo uma obscura caverna
Onde ninguém se ama nem se ajuda
Onde não há Primavera

Onde não há Primavera...

Saímos de casa do Amigo
Em busca dos Seus passos
E já estamos vivendo noutra casa
Uma casa pequena
Onde se come o Pão e bebe o Vinho
Sem leis nem condenações
E já encontrámos nosso Amigo
E seguimos Seus passos
E seguimos Seus passos

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