domingo, dezembro 11

IIIº domingo do Advento

"O espírito do Senhor está sobre mim, porque o Senhor me ungiu e me enviou a anunciar a boa nova aos pobres, a curar os corações atribulados, a proclamar a redenção aos cativos e a liberdade aos prisioneiros, a promulgar o ano da graça do Senhor. Exulto de alegria no Senhor, a minha alma rejubila no meu Deus, que me revestiu com as vestes da salvação e me envolveu num manto de justiça, como noivo que cinge a fronte com o diadema e a noiva que se adorna com as suas jóias. Como a terra faz brotar os germes e o jardim germinar as sementes, assim o Senhor Deus fará brotar a justiça e o louvor diante de todas as nações."

[Is 61, 1-2a.10-11 ]

Este foi o mote, o desafio que o José Pureza nos lançou: como é que temos dado resposta, na vida de cada uma e de cada um, ao programa que o Senhor, aqui, também nos propõe!

Pelas vezes que que não nos centrámos na proposta do Senhor e passámos ao lado da vida pedimos perdão:

"Pai, mandaste-nos «anunciar a boa nova aos pobres» e nós entretivemo-nos com os problemas do ATL dos nossos filhos. Mandaste-nos «curar os corações atribulado» e nós preocupámo-nos com o congelamento das nossas carreiras. Mandaste-nos «proclamar a redenção aos cativos e a liberdade aos prisioneiros» e nós concentrámo-nos no descodificador da TDT.
Apagámos o Espírito, apagámos os dons proféticos e não fomos fiéis Àquele que nos chama.
Por isto e por tantas coisas mais, desculpa Pai."
(José Pureza)

"Irmãos: Vivei sempre alegres, orai sem cessar, dai graças em todas as circunstâncias, pois é esta a vontade de Deus a vosso respeito em Cristo Jesus. Não apagueis o Espírito, não desprezeis os dons proféticos; mas avaliai tudo, conservando o que for bom."
[leitura completa: 1 Tes 5, 16-24] 

"Apareceu um homem enviado por Deus, chamado João. Veio como testemunha, para dar testemunho da luz, a fim de que todos acreditassem por meio dele. Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz. […] João respondeu-lhes: «Eu baptizo na água, mas no meio de vós está Alguém que não conheceis: Aquele que vem depois de mim, a quem eu não sou digno de desatar a correia das sandálias». Tudo isto se passou em Betânia, além do Jordão, onde João estava a baptizar."
[leitura completa: Jo 1, 6-8.19-28] 


Demos graças por todas as respostas que vamos sendo capazes de construir: seja pelo questionamento do senso comum, pelos compromissos de cidadania em que nos vamos empenhando, pela exigência com que vamos vivendo as nossas profissões, pela atenção cada vez mais vigilante para com os mais pobres dos pobres. Assim rezámos:

"Pai, já tivemos nas nossas vidas momentos que não esperávamos, daqueles que marcam para sempre os caminhos que fazemos. Com mais ou menos jeito, fizemos as escolhas que achámos que eram mais certas. E temos a ousadia de acreditar que a imitação da Tua vida foi então um dos critérios que nos orientou nessas escolhas.
Este é outro momento desses. A turbulência própria das mudanças fundas tomou conta das nossas vidas e das vidas de quem connosco vive. Estamos de novo desafiados a fazer escolhas densas, difíceis, marcantes.
E, ainda que perturbados e angustiados, queremos-Te dar graças por isso. Porque somos chamados a sair da distração e a dar corpo a um projeto de vida coerente com a nossa condição essencial: sermos filhos de Deus.
Obrigado por isso, Pai."
(José Pureza)

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