(Desculpem... o tempo para editar o blog, com todos os materiais que vamos recolhendo em muitas das nossas celebrações, tem sido quase zero. Mas não resisti a colocar já esta belíssima mensagem de Natal!...)
segunda-feira, dezembro 22
quarta-feira, dezembro 10
comunidade
"Gostaria de viver numa comunidade onde em grande espírito de verdade, simplicidade, liberdade e amor, fosse capaz de pôr em comum e participar de interrogações e experiências, no diálogo com o mistério que é o estofo do homem, do mundo e de Deus. Onde eu fosse capaz de viver a fé que é esta exacta capacidade de simultaneamente participar de Deus e estar separado dele. Onde fosse possível viver a esperança, que é a consciência aguda e sem ilusões da nossa insuficiênciam e da insuficiência do mundo e a simultânea confiança no nosso espírito e no santo espírito de Deus. Uma comunidade onde a presença dos outros fosse um apelo constante às diversas formas de amor para que, a pouco e pouco, a nossa experiência alargada fosse uma constante relação amorosa que por aí pudesse encontrar o amor de Deus.
Gostaria que nessa comunidade, ao menos uma vez em cada semana, me fosse dado viver, em plena consciência e participação, a renovação do mistério de Deus que se fez homem e que pelos homens morreu numa cruz. Que à volta duma mesa fosse possível criar um clima de grande verdade interior, que sinceramente me desse consciência da minha fraqueza e da grandeza e da glória daquilo para que fui chamado. Onde, nesse espírito, pudesse reflectir na palavra revelada; onde recolhesse as mais recônditas disponibilidades do meu espírito e as oferecesse sinceramente para o melhor uso que pudessem ter. Onde recolhidamente lembrassse os vivos e aquilo que de nós concretamente esperam. Onde comparticipasse na consagração do pão e do vinho da terra. Onde lembrasse os mortos e aquilo que lhes devo e soubesse dirigir a prece ao Pai na procura da sua vontade e recebesse contente o pão de cada dia. E onde, partilhando do pão e do vinho, com eles recebesse a paz.
Gostaria que o meu espírito se abrisse em disponibilidade total, de modo a que, naturalmente, saudasse os outros homens desejando-lhes a paz: "Que Deus te dê paz". E que isso preparasse o dia em que eu, serenamente, se não com alegria, pudesse dizer: "Benvinda sejas, morte, minha irmã".
António Alçada Baptista
Peregrinação Interior - Vol. 1: Reflexões sobre Deus
domingo, dezembro 7
Baptismo do João Martim - 2º Domingo do Advento
Neste segundo Domingo do Advento, acolhemos o João Martim na Igreja-Comunidade que também nós construímos, dia-a-dia. As pequenas (agora...) mãos do João passarão, a partir de hoje, a construir connosco esta Igreja que se quer Testemunho do Deus Vivo, do Deus que se fez (vai fazer...) Menino!
Aqui fica a Celebração que preparámos para o João, juntamente com os seus Pais.
"Só se vê bem com o coração.
O essencial é invisível para os olhos."
(Antoine de Saint-Exupéry, O Principezinho)
1 - Cântico de entrada — TU QUE TENS
Canta, canta como uma ave ou um rio,
Dá o teu braço aos que querem sonhar
Quem trouxer mãos livres ou um assobio
Nem é preciso que saiba cantar.
Tu que tens dez reis de esperança e amor
Grita bem alto que queres viver.
Compra pão e vinho mas rouba uma flor
Tudo o que é belo não é de vender
Não vendem ondas do mar
Nem brisa ou estrelas
Sol ou lua cheia.
Não vendem moças de amar
Nem certas janelas
Em dunas de areia.
Canta, canta (…)
Tu que crês num mundo maior e melhor
Grita bem alto que o céu está aqui.
Tu que vês irmãos só irmãos em redor
Crê que esse mundo começa por ti.
Traz uma viola um poema
Um passo de dança
Um sonho maduro.
Canta glosando este tema:
Em cada criança
Há um homem puro
Canta, canta (…)
2 - Saudação do presidente da celebração
3 - Apresentação do João
4 - Primeira leitura
Principezinho
Foi então que apareceu a raposa:- Bom dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu o principezinho com delicadeza. Mas ao voltar-se não viu ninguém.
- Estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira.
- Quem és tu?, disse o principezinho. És bem bonita…
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Anda brincar comigo, propôs-lhe o principezinho. Estou tão triste…
- Não posso brincar contigo, disse a raposa. Ainda ninguém me cativou.
- Ah! Perdão, disse o principezinho.
Mas depois de ter reflectido, acrescentou:
- Que significa “cativar”?
- Tu não deves ser de aqui, disse a raposa. Que procuras?
- Procuro os homens, disse o principezinho. Que significa “cativar”?
- Os homens, disse a raposa, têm espingardas e caçam. É uma maçada! Também criam galinhas. É o único interesse que lhes acho. Andas à procura de galinhas?
- Não, disse o principezinho. Ando à procuro amigos. Que significa “cativar”?
- É uma coisa de que toda a gente se esqueceu, disse a raposa, Significa “criar laços…”
- Criar laços?
- Isso mesmo, disse a raposa. Para mim, não passas por enquanto, de um rapazinho em tudo igual a cem mil rapazinhos. E eu não preciso de ti. E tu não precisas de mim. Para ti, não passo de uma raposa igual a cem mil raposas. Mas, se me cativares, precisaremos um do outro. Serás para mim único no mundo. Serei única no mundo para ti…
- Começo a compreender, disse o principezinho. Existe uma flor… creio que ela me cativou…
- É possível. - disse a raposa. - Vê-se de tudo à superfície da Terra…
- Oh! Não foi na Terra, disse o principezinho.
A raposa mostrou-se muito intrigada.
- Noutro planeta?
- Sim.
- Há caçadores nesse tal planeta?
- Não
- Isso tem muito interesse. E galinhas?
- Não
- A perfeição não existe, suspirou a raposa.
Mas voltou à mesma ideia.
- Levo uma vida monótona. Eu caço as galinhas e os homens caçam-me a mim. Todas as galinhas são iguais e todos os homens são iguais. Por isso me aborreço um pouco. Mas, se tu me cativares, será como se o Sol iluminasse a minha vida. Distinguirei, de todos os passos, um novo ruído de passos. Os outros passos fazem-me esconder debaixo da terra. Os teus hão-de atrair-me para fora da toca, como música. E depois, olha! Vês, lá adiante, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me dizem nada. E é triste! Mas os teus cabelos são cor de oiro. Por isso, quando me tiveres cativado, vai ser maravilhoso. Como o trigo é doirado, fará lembrar-me de ti. E hei-de amar o barulho do vento através do trigo…
A raposa calou-se e olhou por muito tempo o principezinho.
- Cativa-me, por favor, disse ela.
- Tenho muito gosto, respondeu o principezinho, mas falta-me tempo. Preciso de descobrir amigos e conhecer muitas.
- Só se conhecem as coisas que cativam, disse a raposa. Os homens não têm muito tempo para tomar conhecimento de nada. Compram coisas feitas aos mercadores. Mas como não existem mercadores de amigos, os homens já não têm amigos. Se queres um amigo, cativa-me!
- Como é que hei-de fazer?, disse o principezinho.
- tens de ter muita paciência, respondeu a raposa. Primeiro, sentas-te um pouco afastado de mim, assim, na relva. Eu olho para ti pelo cantinho do olho e tu não dizes nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, de dia para dia, podes sentar-te cada vez mais perto…
No dia seguinte, o principezinho voltou.
- Era melhor teres vindo à mesma hora, disse a raposa. Se vieres, por exemplo, às quatro horas da tarde, às três já eu começo a ser feliz. À medida que o tempo avançar, mais feliz me sentirei. Às quatro horas já começarei a agitar-me e a inquietar-me; descobrirei o preço da felicidade. Mas se vieres a uma hora qualquer, nunca posso saber a horas hei-de vestir o meu coração… São preciso ritos.
- O que é um rito? disse o principezinho.
- É também qualquer coisa de que toda a gente se esqueceu, disse a raposa. É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias, uma hora diferente das outras horas. Há um rito, por exemplo, entre os meus caçadores. Dançam às quintas-feiras com as raparigas da aldeia. A quinta-feira é, por isso, um dia maravilhoso! Vou passear até à vinha. Se os caçadores dançassem num dia qualquer, os dias seriam todos iguais, e eu não teria férias.
Foi assim que o principezinho cativou a raposa. E quando se aproximou a hora da partida:
- Ah! disse a raposa… Vou chorar.
- A culpa é tua, disse o principezinho, não queria que te acontecesse mal; mas tu quiseste que eu te cativasse…
- É certo, disse a raposa.
- Mas vais chorar!, disse o principezinho.
- É certo, disse a raposa.
- Então não ganhas nada com isso!
- Ganho, sim, disse a raposa, por causa da cor do trigo.
Depois acrescentou:
- Vai ver as outras rosas. Compreenderás que a tua é única no mundo. Quando voltares para me dizer adeus, faço-te presente de um segredo.
O principezinho foi ver as outras rosas.
- Vós não sois nada parecidas com a minha rosa; ainda não sois nada, disse-lhes ele. Ninguém vos cativou, nem vós cativastes ninguém. Sois como era a minha raposa. Não passava de uma raposa igual a cem mil raposas. Mas fiz dela minha amiga e agora é única no mundo.
E as rosas ficaram bastante aborrecidas:
- Vós sois belas, mas vazias, disse-lhes mais. Ninguém vai morrer por vós. É certo que, quanto à minha rosa, qualquer vulgar transeunte julgará que ela se vos assemelha. Mas, sozinha, ela vale mais do que vós todas juntas, porque foi ela que eu reguei. Porque foi ela que eu pus numa redoma. Porque foi ela que abriguei com um biombo. Porque foi por causa dela que matei as lagartas (excepto duas ou três para as borboletas). Porque foi ela e só ela que ouvi lamentar-se ou gabar-se, ou mesmo, por vezes calar-se. Porque é a minha rosa.
E voltando para junto da raposa:
- Adeus, disse ele.
- Adeus, disse a raposa. Vou dizer-te um segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.
- O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se recordar.
- Foi o tempo que perdeste com a tua rosa que tornou a tua rosa tão importante.
- Foi o tempo que perdi com a minha rosa… repetiu o principezinho, a fim de se recordar.
- Os homens esqueceram esta verdade. mas tu não deves esquecê-la. Ficas para sempre responsável por aquele que cativaste. És responsável pela tua rosa.
- Sou responsável pela minha rosa, repetiu o principezinho a fim de se recordar.”
5 - Aleluia
6 - EVANGELHO – Mc 1, 1-8 (com Isaías, Is 40, 1-5.9-11)
Princípio do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus.
Está escrito no profeta Isaías: «Vou enviar à tua frente o meu mensageiro, que preparará o teu caminho.
Uma voz clama no deserto:
«Preparai no deserto o caminho do Senhor, abri na estepe uma estrada para o nosso Deus. Sejam alteados todos os vales e abatidos os montes e as colinas; endireitem-se os caminhos tortuosos e aplanem-se as veredas escarpadas. Então se manifestará a glória do Senhor e todo o homem verá a sua magnificência, porque a boca do Senhor falou”.
Apareceu João Baptista no deserto a proclamar um baptismo de penitência para remissão dos pecados. Acorria a ele toda a gente da região da Judeia e todos os habitantes de Jerusalém e eram baptizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados. João vestia-se de pêlos de camelo, com um cinto de cabedal em volta dos rins, e alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre. E, na sua pregação, dizia: «Vai chegar depois de mim quem é mais forte do que eu, diante do qual eu não sou digno de me inclinar para desatar as correias das suas sandálias. Eu baptizo-vos na água, mas Ele baptizar-vos-á no Espírito Santo».
7 - Celebração do Baptismo do João
7.1 - Acolhimento
Pe. Samelo — O que se vem hoje pedir à Igreja através desta Comunidade é o Baptismo do João. Pedir o Baptismo é pedir para pertencer à Igreja da Trindade e viver de acordo com a alegria e amor aos outros que Jesus Cristo anunciou. Então lembremo-nos sempre, no fundo do nosso coração, que amar é acreditar, amar é nunca trair, amar é estar às ordens, amar é dizer não ao egoísmo, amar é procurar a nossa felicidade em Deus, nos outros e na natureza.
Pais e padrinhos, estais dispostos a ajudar o João a crescer segundo estes valores?
Pais e Padrinhos — Sim, estamos.
Pe. Samelo — E esta Comunidade, que é testemunha deste compromisso, está também disposta a ajudar, com o seu exemplo, o crescimento na fé cristã do João?
Todos — Sim, estamos.
7.2 - Sinal da cruz na fronte do João
7.3 - Bênção da água
7.4 - Renúncia ao pecado
Hoje, apenas hoje,
Procurarei viver pensando apenas neste dia
Sem querer resolver de uma só vez
Todos os problemas da minha vida
Hoje, apenas, hoje
Terei o máximo cuidado na minha convivência
Serei cordial, não criticarei nem pretenderei melhorar ou corrigir
Ninguém à força, senão a mim mesmo(a).
Hoje, apenas hoje,
Adaptar-me-ei às circunstâncias
Sem esperar que sejam as circunstâncias
A adaptar-se aos meus desejos
7.5 - Profissão da Fé cristã
Pe. Samelo — Acreditais em Deus:
Um Deus MUITO GRANDE;
Um DEUS BOM, que nos trata como filhos;
Que criou tudo o que conhecemos:
(a terra, o mar, o céu, o arco-íris, as plantas e os animais)
e criou até o que não conhecemos?
Todos — Sim, acredito.
Pe. Samelo — Acreditais em Jesus Cristo:
Filho desse Deus e Deus como o Pai,
Que veio à Terra e nasceu de Maria,
Criança e pessoa como nós,
E que mostrou às pessoas do seu tempo,
O caminho da verdadeira felicidade;
Que foi perseguido e morto pelos poderosos do seu tempo,
E que foi ressuscitado deixando-nos o testemunho dos que O conheceram?
Todos — Sim, acredito.
Pe. Samelo — Acreditais no Espírito Santo:
Fonte maravilhosa de toda a vida,
Igual ao Pai e ao Filho em dignidade,
E que com a Sua força ilumina a fala dos profetas.
Todos — Sim, acredito.
Pe. Samelo — Acreditais na Igreja:
Formada por todos nós,
E por isso mesmo diversa e nunca acabada,
Que dá a conhecer
A grandeza de Deus,
A humanidade de Jesus Cristo que foi morto e ressuscitado,
A beleza do Espírito Santo,
E que nos acolhe no Baptismo que perdoa os pecados?
Todos — Sim, acredito.
Pe. Samelo — Acreditais que seguindo o caminho da felicidade que Jesus Cristo nos propõe, também nós havemos de ressuscitar como Ele para a vida plena?
Todos — Sim, acredito.
Pe. Samelo — Esta é a nossa Fé, esta é a Fé da Igreja que professamos em Jesus Cristo, Nosso Senhor.
Todos — Amén.
7.6 Rito baptismal do João
7.7 Cântico — MEU DESEJO É CANTAR
Não sei que paira hoje no ar
Que me faz sorrir que faz cantar
Não sei que tem meu coração
Que me faz dançar como uma canção.
Meu desejo é cantar as grandezas de Deus
Meu desejo é cantar os céus
Meu desejo é viver em paz e amor
E cantar teu poder Senhor
Uma estrela uma luz como o sol brilha em mim
Meu desejo é sorrir sem fim
Do nascer ao sol pôr todo o tempo é canção
Pois quiseste tomar-me p’la mão.
Só de ti vem minha alegria
E é o teu amor que ilumina o dia
Senhor escuta o meu cantar
Pois já só assim é que sei rezar.
Eu quisera ser livre como a ave do céu
Eu quisera Senhor ser teu
Mas levado por ti eu bem alto direi
Que o amor é a nossa lei
Pois não somos senão uma chispa de luz
Do amor que te pôs na cruz
Quando a morte vier cantar bem alto
Que o Senhor nosso Deus nos conduz.
7.8 Unção depois do baptismo
7.9 Imposição da veste branca
8 - Partilha da palavra e ofertório
9 - Oração Eucarística
P. O Senhor esteja convosco
T. Ele está no meio de nós
P. Corações ao alto
T. O nosso coração está em Deus.
P. Demos graças ao Senhor nosso Deus
T. É nosso dever é nossa salvação
P. É nossa salvação louvar-Te, Deus Pai, por isso Te aclamamos
SANTO!
P. Deus Pai, envia o Teu Espírito sobre este pão e este vinho. Com efeito, eu recebi do Senhor o que também vos transmiti: Na noite em que foi entregue, o Senhor Jesus tomou o pão, e depois de dar graças, partiu-o e disse: “Este é o Meu corpo que é entregue por vós; fazei isto em memória de Mim.”
Do mesmo modo, depois da ceia, tomou o cálice e disse: “Este cálice é a Nova Aliança no Meu sangue: Todas as vezes que dele beberdes, fazei-o em memória de Mim”.
P. Mistério da Fé!
T. Todas as vezes que comemos deste pão e bebemos deste cálice, Anunciamos a morte do Senhor, até que Ele venha!
P. Deus Pai, que o Teu Filho nos faça viver em unidade, com o Papa Bento XVI e o nosso Bispo Albino, e seguindo o mesmo caminho de Maria, a Mãe do Teu Filho e nossa Mãe, e dos Apóstolos e Mártires, lembrando os nossos irmão que adormeceram na esperança da Ressurreição,
T. Queremos seguir o estilo de vida de Jesus.
O mesmo Espírito faça com que “os cristãos não se distingam das outras pessoas nem pela pátria, nem pela língua; Em tudo participem como os outros cidadãos; Toda a terra estrangeira seja a sua pátria e toda a pátria lhes seja estrangeira; Obedeçam às leis estabelecidas, mas pelo seu modo de vida superem as leis; Sejam pobres e enriqueçam os outros: tudo lhes falte e tudo lhes sobre; amem aqueles que os odeiam.”
(Carta a Diogneto V, 1.5.10.13; VI, 6 - Carta do século II-III)
P. Por Cristo, com Cristo, em CristoT. Amén
10 - Entrega da vela acesa (testemunhas de Fé em Cristo Jesus, Luz da Vida)
11 - Pai Nosso
12 - “Éphatha" (= “Abre-te”) (futura profissão pessoal da Fé cristã)
13 - Abraço da Paz — Cântico
São dias que passam
São horas que vão
São lábios que cantam
São mãos que se dão
E deixam saudades
De não ser assim
Toda a vida a vida de agora.
Tudo quanto penso
Tudo quanto sou
É grande é imenso
É tudo o que dou
E ao dá-lo recebo
E fico maior
Do que sou quando me nego.
Criança era outro
Cresci esqueci
A aposta da vida
Ganhei e perdi
O risco me trouxe
Até ao que sou
Nunca basta a vida que foi.
14 - Cântico da Comunhão — VOLTAREI A CANTAR
Refrão
Eu voltarei a cantar
O amor e a esperança
Eu voltarei a cantar
Os caminhos para a paz.
Quando os frios chegarem
As flores morrerão
Mas com a Primavera
De novo renascerão
Talvez me vejas chorar
Quando um amigo parte
A morte leva-me os meus
Mas eu sei que voltarão.
(Refrão)
Talvez me vejas morrer
Talvez me vejas partir
Não chores se és meu amigo
Voltar-me-ás a encontrar
Não sei onde nem quando
Mas será num lugar
Onde não haja grades
E onde possa cantar.
(Refrão)
15 - Cântico de Acção de graças — AVÉ MARIA
Todo o dia dia espero
Que esta hora chegue enfim
Para sentir que o teu olhar
Descansa agora em mim.
Refrão
Avé Maria
Gratia plena
Dominus tecum
Benedicta tu.
Venho confiar-te
O que penso e o que sou
Reza por mim mãe de Jesus
Contigo agora eu vou.
16 - Cântico final — Aquarela (Toquinho/Vinicius de Moraes/G.Morra/M.Fabrizio)
Numa folha qualquer
Eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis rectas
É fácil fazer um castelo...
Corro o lápis em torno
Da mão e me dou uma luva
E se faço chover
Com dois riscos
Tenho um guarda-chuva...
Se um pinguinho de tinta
Cai num pedacinho
Azul do papel
Num instante imagino
Uma linda gaivota
A voar no céu...
Vai voando
Contornando a imensa
Curva Norte e Sul
Vou com ela
Viajando Havaí
Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela
Branco navegando
É tanto céu e mar
Num beijo azul...
Entre as nuvens
Vem surgindo um lindo
Avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo
Com suas luzes a piscar...
Basta imaginar e ele está
Partindo, sereno e lindo
Se a gente quiser
Ele vai pousar...
Numa folha qualquer
Eu desenho um navio
De partida
Com alguns bons amigos
Bebendo de bem com a vida...
De uma América a outra
Eu consigo passar num segundo
Giro um simples compasso
E num círculo eu faço o mundo...
Um menino caminha
E caminhando chega no muro
E ali logo em frente
A esperar pela gente
O futuro está...
E o futuro é uma astronave
Que tentamos pilotar
Não tem tempo, nem piedade
Nem tem hora de chegar
Sem pedir licença
Muda a nossa vida
E depois convida
A rir ou chorar...
Nessa estrada não nos cabe
Conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe
Bem ao certo onde vai dar
Vamos todos
Numa linda passarela
De uma aquarela
Que um dia enfim
Descolorirá...
Numa folha qualquer
Eu desenho um sol amarelo
(Que descolorirá!)
E com cinco ou seis rectas
É fácil fazer um castelo
(Que descolorirá!)
Giro um simples compasso
Num círculo eu faço
O mundo
(Que descolorirá!)...
Júlio Pereira - Porque sim
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