Querer ser alternativa ao modo tradicional de celebrar a fé e sê-lo de facto são coisas diferentes. A Comunidade João XXIII nasceu do desconforto causado pelo anonimato e a massificação das celebrações eclesiais "normais". Mas o que é hoje a renovação litúrgica? Num tempo em que as igrejas se esvaziam um pouco por todo o lado, e em que outras se enchem só pelo carisma do padre (o que não abona nada em favor da vitalidade da comunidade em si mesma), por onde passa a descoberta das palavras, dos gestos, das estéticas que exprimam um modo tão inquieto quanto comprometido de ser cristão? E como pode uma comunidade descomprometida de fórmulas gerar compromissos litúrgicos? A rotina dominical tem muitos rostos...
Rezar, exaltar o belo, viver densamente o compromisso transformador da vida e da sociedade - como é possível articular tudo isto num domingo de gente normal?
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