domingo, setembro 14

caderno de encargos

Querer ser alternativa ao modo tradicional de celebrar a fé e sê-lo de facto são coisas diferentes. A Comunidade João XXIII nasceu do desconforto causado pelo anonimato e a massificação das celebrações eclesiais "normais". Mas o que é hoje a renovação litúrgica? Num tempo em que as igrejas se esvaziam um pouco por todo o lado, e em que outras se enchem só pelo carisma do padre (o que não abona nada em favor da vitalidade da comunidade em si mesma), por onde passa a descoberta das palavras, dos gestos, das estéticas que exprimam um modo tão inquieto quanto comprometido de ser cristão? E como pode uma comunidade descomprometida de fórmulas gerar compromissos litúrgicos? A rotina dominical tem muitos rostos...
Rezar, exaltar o belo, viver densamente o compromisso transformador da vida e da sociedade - como é possível articular tudo isto num domingo de gente normal?

Recomeço

«Já chegámos. Foi bom estar com todos a sentir os cheiros, as cores e a ouvir as vozes. Da natureza e do coração... Beijinhos. Boa semana.»

Foi deste jeito que a Paula Medeiros me "smsou" dando conta de que já estavam em casa.

Foi deste jeito que recomeçámos. Abrigados pelo grande carvalho que emprestou a sua sombra à nossa refeição.
Éramos muitos!... Todos os que pudemos e quisemos estar!... Cheios de vontade de recomeçar, de renovar... apesar do calor que nos dificultava os passos.

A Reserva Botânica de Cambarinho, onde floresce a maior concentração maciça de Loendros do país, foi o destino escolhido (ficou desde já uma ideia: como a altura de floração dos Loendros é em Maio|Junho, lançámos o desafio de voltar a este belo local por essa altura).

o início do percurso dos Loendros

a paisagem em redor

os Loendros
[© foto da flor do Loendro da autoria de Paulo Choupeiro e retirada do sítio http://www.cm-vouzela.pt/]

o carvalho português ou cerquinho (Quercus faginea)
a encruzilhada


perdidos no meio da vegetação, a caminho do moinho de água
já no moinho de água
à sombra deste frondoso e enorme castanheiro e de uns quantos carvalhos, junto do moinho, reflectimos sobre a Comunidade (ver post do José Pureza imediatamente antes...)
de regresso ao acolhedor carvalho do início do percurso, onde celebrámos a Palavra.