Pois é... já foi! Em pleno Verão (!!!), o dia estava chuvoso e frio! Lá em cima (primeiro no Cabeço da Neve, onde almoçámos, depois junto do Caramulinho, onde iniciámos a nossa caminhada em torno do mesmo...), o vento ainda se fazia sentir mais...
Depois de uma longa caminhada, o merecido repouso para Celebrar, em Mosteiro de Fráguas (nome apropriado...), na casa da Tia Cacilda e da Tia Fernanda, um espaço de acolhimento sereno, alegre, vivo, fruto das Mulheres que o HABITAM!
E CELEBRÁMOS...
O Samelo "abriu-nos o apetite", preparando para nós esta reflexão...
JESUS É PROJECTO E ESTILO DE VIDA:
cristão(ã) é aquele(a) que escolheu Cristo e O segue
CRISTO DARÁ A LIBERDADE,
CRISTO DARÁ A SALVAÇÃO,
CRISTO DARÁ A ESPERANÇA,
CRISTO DARÁ O AMOR. (bis)
1. Se lutar pela paz e a verdade, encontrá-la-ei!
Se ajudar a levar a cruz aos outros, salvar-me-ei!
Dá-me, Senhor, a Tua Palavra;
Ouve, Senhor, a minha prece!
2. Se souber perdoar de coração, terei perdão!
Se seguir os caminhos do amor, verei o Senhor.
Dá-me, Senhor, a Tua Palavra;
Ouve, Senhor, a minha prece!
3. Se espalhar a alegria e amizade, virá o amor!
Se viver em comunhão com os outros, serei de Deus.
Dá-me, Senhor, a Tua Palavra;
Ouve, Senhor, a minha prece!
Em todas as religiões, os grandes mestres espirituais tiveram discípulos, assíduos ao seu ensinamento e preocupados em conservar as suas palavras.
No Antigo Testamento o povo também tem necessidade de guias que o orientem na leitura crente dos acontecimentos. Mas essa necessidade é provisória e os profetas muitas vezes predizem um futuro em que será o próprio Deus a ensinar os corações, sem mediação de mestres terrenos (cf Jr 31, 31-34), e todos serão discípulos de Deus (cf Is 54, 13).
Durante o Seu ministério, Jesus apresenta-se como um rabi, um mestre, e reúne discípulos e discípulas à Sua volta para a missão. Aquele(a) que é chamado(a) e enviado(a) deve estar pronto(a) a partilhar a vida e o destino de Jesus, reconhecendo-O e aceitando-O como um projecto e um estilo de vida. Não se trata tanto de aderir a uma doutrina, mas de O seguir, de se ligar à Sua pessoa para sempre. Por isso, o elemento específico da relação do(a) discípulo(a) com Cristo, que a torna diferente de qualquer outra relação entre mestre e discípulo, é uma adesão absoluta, incondicional e definitiva. Nenhum valor, lei ou relação humana, por mais forte e estreita que seja, se pode sobrepor a Ele que se coloca como significado total da vida. Não é tanto a aceitação de uma doutrina abstracta que Ele pede, mas a opção pela Sua pessoa. Podem coleccionar-se e valorizar-se as ideias dos grandes pensadores, sem nunca se interessar pela pessoa do autor. Cristão(ã) é aquele(a) que escolheu Cristo e O segue.
A vida cristã é uma viagem no seguimento de Cristo Jesus (cf evangelho). Seguimento que é uma opção de liberdade (cf 2ª leitura).
A propósito, é importante clarificar o conceito de liberdade:
• conceito grego (tardio) de “liberdade de escolha”;
• conceito bíblico de liberdade (cf S. Paulo) entendida como “disponibilidade para”, como libertação operada por Deus em Cristo Jesus: liberdade e dependência de Deus não são grandezas que se opõem (pelo que aumentando uma diminui outra e vice-versa), mas sim realidades que crescem em conjunto (a recusa de Deus não faz a pessoa humana mais livre, antes fá-la escrava: “quem faz o pecado, é escravo do pecado” - Jo 8, 34).
A verdadeira liberdade, para a Bíblia, não é a possibilidade abstracta de escolher, a pura e simples liberdade de escolha, mas a actuação concreta de liberdade como liberdade do mal para o bem; a escolha do mal não é no sentido da actuação da própria liberdade, mas sim no sentido da sua destruição. O pecado, em nós, pessoas humanas, não é componente da nossa humanidade, antes, raiz da nossa escravidão; com o pecado a pessoa humana torna-se mais egoísta, menos livre de si mesma, numa palavra, menos humana (se é verdade que a pessoa humana se realiza autenticamente procurando não “salvar a própria vida”, mas “perdê-la” na doação a Deus, ao próximo e à natureza - “o pecado diminui o homem, impedindo-o de atingir a plena realização” - CONCÍLIO ECUMÉNICO VATICANO II, Constituição pastoral Gaudium et Spes, nn. 13 e 17). Para o discípulo de Cristo a verdadeira realização de si não está no dispor caprichosamente de si, dos outros e da natureza, mas em se tornar plenamente disponível para os outros: nisto consiste o crescimento genuíno da pessoa humana, a actuação autêntica da sua liberdade.
Jesus viveu até ao fim, em plena liberdade, isto é, em total disponibilidade para o Pai, para os(as) irmãos(ãs) e para a natureza (= foi “sem pecado”) - em última análise, a liberdade verdadeira é a que nEle se mostra e dEle deriva (“foi para a verdadeira liberdade que Cristo nos libertou” - Gl 5, 1)
A liberdade do(a) discípulo(a) de Cristo é uma liberdade liberta e por isso compatível com a obediência: não fica sujeita a mais nenhuma outra lei que não seja a lei do amor - “ama e faz o que queres” (Santo Agostinho).
Viver
Viver não se escreve com palavras,
mas sim com projectos.
Viver é um verbo
que só se conjuga com actos.
É esse vestígio
que deixamos,
mas, ao invés
dos despojos dos fósseis,
viver
é o sinal do porvir.
É um erro pensar
que é preciso nascer para viver,
é exactamente o contrário.
É preciso viver para nascer, porque viver
é dar-se à luz a si mesmo.
Viver é querer viver,
é escolher.
Viver
é escolher uma vida
que ainda não existe...
Porque é que se diz:
Nascer,
Viver,
Morrer?
Para quê dividir
a Esperança?
(in: DEBRUYNNE J., Viver: o estaleiro do porvir, Editorial Perpétuo Socorro, Porto, 1982, pp. 5.98.110 - adaptado)
António Samelo
CELEBRAÇÃO
«Creio que Deus se revela
Numa infinita medida
Que tem na grandeza dela
Um traço de cada vida»
Hermínio Beato de Oliveira,
em memória de Hilário Beato de Oliveira
1. Cântico de entrada – Abre os Meus Olhos
Abre os meus olhos meu Senhor
E verei o dia
Visitação do Sol da luz
Que ilumina a vida
Guia-me pela mão
Sê a lâmpada dos meus pés
Que em tudo vacilam.
Guia os meus pés e as minhas mãos
Para a paz que façam.
Dá-me o teu nome e partirei
Dos lugares da sombra
Vem poder do Amor
Libertar o que nos falta ver
E que os olhos querem
Abram-se as portas do que é breu
Sobre os campos verdes
E floresçam mil flores
Onde a morte cresce
Vem Clamor da Manhã
Vem gritar que um fogo arde em nós
E a promessa avança
2. Acolhimento
A casa é de granito: beirã e sólida. Foi construída à medida que a família cresceu ou que a vida permitiu.: uma sala e dois quartos, uma cozinha. Três janelinhas brancas de batentes viradas para estrada e um muro e gradeamento verde a contornar o jardim. Para trás o quintal. Depois vem o andar dos quartos, um piso acima, com um quarto intermédio, a meio piso, o quarto do castelo. O corredor dos quartos termina numa varanda envidraçada, toda de janelas de guilhotina, um solário de espreguiçadeiras de sestas moles. Para lá do solário fez-se ainda um outro corredor, três escadas mais acima, com um quarto ao fundo: o quarto da torre. Para trás da casa, nasceu um enorme salão, para juntar a família, também enorme, em dias de festa.
As paredes são a galeria das obras de arte da família: o poema de um, a pintura de outro, a escultura, o vidro pintado. O álbum de família revisitado sempre com a mesma ternura e histórias, muitas histórias
Sobrinhos, filhos, netos, bisnetos, amigos enchem a casa. Para cada um, uma atenção especial: o leite-creme, a carne assada, as ervas de molho, os lençóis bordados, a toalha de linho, as flores na mesa, as chávenas de café chinesas. Para cada um, um quinhão de batatas, cebolas, grelos e nabos da horta farta. E o raminho de flores do jardim, onde tudo parece crescer ao acaso, mas nada por acaso.
Gestos de fadas - os mesmos gestos com que bordam os tapetes que enchem a casa de flores e bichos e arabescos coloridos - habitam esta casa e confundem-se com ela, e com ela habitam em nós e habitarão sempre a nossa memória.
3. Kyrie
(..) Há quanto tempo não vejo o sol brilhante! Adivinho-o hoje através da claridade das paredes do corredor que vejo do postigo. O sol é belo! Os campos são belos! As cidades são belas, iluminadas pelo sol! Só a minha cela de cenobita não é bela! Contudo podia sê-lo se fosse voluntária a minha reclusão. Mas o que é uma reclusão voluntária?
Flausino Torres, Diário de Prisão, 21/XII/62
Em nome dos que choram, dos que sofrem,
Dos que acendem na noite o facho da revolta
E que de noite morrem, com a esperança nos olhos e arames em volta
Em nome dos que sonham com palavras de amor e paz que nunca foram ditas
Em nome dos que rezam em silêncios e falam em silêncio
E estendem em silêncio as duas mãos aflitas
Em nome dos que pedem em segredo a esmola que os humilha e destrói
E devoram as lágrimas e o medo quando a fome lhes doi
Em nome dos que dormem ao relento, numa cama de chuva com lençóis de vento
O sono da miséria terrível e profundo.
Em nome dos teus filhos que esqueceste
Filho de Deus, que nunca mais nasceste,
Volta outra vez ao Mundo.
Ary dos Santos
4. Glória
Glória a Deus no céu
e, na terra, paz aos homens!
Porque Deus nos ama e o seu amor vê-se
no verde dos campos e no azul do céu.
Glória a Deus no céu
e, na terra, paz aos homens!
Vê-se na bravura do mar
e na pintura das flores
Glória a Deus no céu
e, na terra, paz aos homens!
Vê-se no trinar dos pássaros
e no rugir do leão.
Glória a Deus no céu
e, na terra, paz aos homens!
Vê-se na chuva que rega
e no sol que cria
Glória a Deus no céu
e, na terra, paz aos homens!
Vê-se no vento que limpa
e na neve que cresta
Glória a Deus no céu
e, na terra, paz aos homens!
Porque Deus nos ama e o seu amor vê-se, sobretudo,
na beleza dos homens e na beleza das mulheres
Glória a Deus no céu
e, na terra, paz aos homens!
Vê-se na fragilidade das crianças
e na sabedoria dos velhos
Glória a Deus no céu
e, na terra, paz aos homens!
Vê-se na abertura dos jovens
e na coragem dos adultos.
Glória a Deus no céu
e, na terra, paz aos homens!
Vê-se no amor dos que se amam
e no perdão dos que se ofendem.
Glória a Deus no céu
e, na terra, paz aos homens!
Vê-se na generosidade dos que se dão
e na fé dos que acreditam
Glória a Deus no céu
e, na terra, paz aos homens!
Porque Deus nos ama e o Seu amor vê-se renovado
Em cada dia que passa até ao fim dos tempos
Amén
5. Primeira leitura
LEITURA DO PRIMEIRO LIVRO DOS REIS
NAQUELES DIAS, DISSE O SENHOR A ELIAS: «UNGIRÁS ELISEU, FILHO DE SAFAT, DE ABEL-MEOLA, COMO PROFETA EM TEU LUGAR». ELIAS PÔS-SE A CAMINHO E ENCONTROU ELISEU, FILHO DE SAFAT, QUE ANDAVA A LAVRAR COM DOZE JUNTAS DE BOIS E GUIAVA A DÉCIMA SEGUNDA. ELIAS PASSOU JUNTO DELE E LANÇOU SOBRE ELE A SUA CAPA. ENTÃO ELISEU ABANDONOU OS BOIS, CORREU ATRÁS DE ELIAS E DISSE-LHE: «DEIXA-ME IR ABRAÇAR MEU PAI E MINHA MÃE; DEPOIS IREI CONTIGO». ELIAS RESPONDEU: «VAI E VOLTA, PORQUE EU JÁ FIZ O QUE DEVIA». ELISEU AFASTOU-SE, TOMOU UMA JUNTA DE BOIS E MATOU-A; COM A MADEIRA DO ARADO ASSOU A CARNE, QUE DEU A COMER À SUA GENTE. DEPOIS LEVANTOU-SE E SEGUIU ELIAS, FICANDO AO SEU SERVIÇO.
PALAVRA DO SENHOR.
6. Segunda leitura
ATÉ PARA CONSTRUIR O CÉU É PRECISO IMAGINAÇÃO
Um velho e sábio mandarim teve um dia o privilégio de visitar um outro mundo constituído por dois países: o País da Tristeza e o País da Alegria.
Visitou primeiro o País da Tristeza.
Por mais estranho que pareça, era um lugar lindíssimo, cheio de jardins, de aves raras, de lagos azulados e montanhas rosadas, cujos cimos brilhavam ao sol.
No centro do País da Tristeza, conduziram-no a um palácio maravilhoso, onde, numa esplêndida sala de jantar, eram servidas às pessoas as mais deliciosas iguarias confeccionadas com arroz.
No entanto, toda a gente tinha um ar famélico e infeliz. E o velho mandarim compreendeu porquê, quando reparou que para se servirem lhes tinham distribuído pauzinhos com dois metros de comprimento, com os quais lhes era obviamente impossível levar a comida à boca.
Angustiado com este espectáculo, pediu que o conduzissem depressa ao País da Alegria.
Aí, surpreendido, verificou que a paisagem era idêntica à do País da Tristeza.
E num palácio em tudo semelhante ao primeiro, encontrou o mesmo banquete, preparado com as mesmas iguarias.
Apenas no rosto das pessoas via uma expressão tranquila, saciada e feliz, que admirava tanto mais quanto os via empunhar os mesmos pauzinhos com dois metros de comprimento.
Observando melhor, notou então que cada pessoa, com seus pauzinhos, dava de comer à que se sentava de fronte.
(conto chinês)
7. Evangelho
EVANGELHO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO SEGUNDO SÃO LUCAS
APROXIMANDO-SE OS DIAS DE JESUS SER LEVADO DESTE MUNDO, ELE TOMOU A DECISÃO DE SE DIRIGIR A JERUSALÉM E MANDOU MENSAGEIROS À SUA FRENTE. ESTES PUSERAM-SE A CAMINHO E ENTRARAM NUMA POVOAÇÃO DE SAMARITANOS, A FIM DE LHE PREPARAREM HOSPEDAGEM. MAS AQUELA GENTE NÃO O QUIS RECEBER, PORQUE IA A CAMINHO DE JERUSALÉM. VENDO ISTO, OS DISCÍPULOS TIAGO E JOÃO DISSERAM A JESUS: «SENHOR, QUERES QUE MANDEMOS DESCER FOGO DO CÉU QUE OS DESTRUA?». MAS JESUS VOLTOU-SE E REPREENDEU-OS. E SEGUIRAM PARA OUTRA POVOAÇÃO. PELO CAMINHO, ALGUÉM DISSE A JESUS: «SEGUIR-TE-EI PARA ONDE QUER QUE FORES». JESUS RESPONDEU-LHE: «AS RAPOSAS TÊM AS SUAS TOCAS E AS AVES DO CÉU OS SEUS NINHOS; MAS O FILHO DO HOMEM NÃO TEM ONDE RECLINAR A CABEÇA». DEPOIS DISSE A OUTRO: «SEGUE-ME». ELE RESPONDEU: «SENHOR, DEIXA-ME IR PRIMEIRO SEPULTAR MEU PAI». DISSE-LHE JESUS: «DEIXA QUE OS MORTOS SEPULTEM OS SEUS MORTOS; TU, VAI ANUNCIAR O REINO DE DEUS». DISSE-LHE AINDA OUTRO: «SEGUIR-TE-EI, SENHOR; MAS DEIXA-ME IR PRIMEIRO DESPEDIR-ME DA MINHA FAMÍLIA». JESUS RESPONDEU-LHE: «QUEM TIVER LANÇADO AS MÃOS AO ARADO E OLHAR PARA TRÁS NÃO SERVE PARA O REINO DE DEUS».
8. Credo
Creio nos anjos que andam pelo mundo
Creio num engenho que fala mais fecundo
De harmonizar as partes dissonantes
Creio que tudo é eterno num segundo
Creio num céu futuro que houve dantes
Na flor humilde que se encosta ao muro
Na ocupação do mundo pelas rosas
Creio que o amor tem asas de ouro.
Natália Correia
9. Oração Eucarística
9.1 Prefácio
É digno e justo que te louvemos
Pai de todos as pessoas.
Porque tu estás presente no mundo.
Ali onde a Pessoa tem os seus mais nobres sentimentos,
Tu estás.
No amor e no desejo de felicidade, na tendência à liberdade,
na busca da verdade,
na capacidade de sacrifício e da entrega,
ali estás Tu.
Não poderia amar ninguém, nem saber, nem ser feliz,
nem gozar de liberdade
se não fosse porque participa
do Teu amor e da Tua vida sempre nova
e da tua infinita liberdade.
Tudo está em nós.
Tu conheces cada um pelo seu nome.
Tu aceitas-nos como somos.
Por isso permite que Te cantemos o nosso louvor.
9.2 Santo
9.3 Consagração
9.4 Intercessões
Senhor,
Tu sabes melhor do que eu que estou a envelhecer e que um dia farei parte do grupo da “terceira idade”
Guarda-me do terrível hábito de pensar que devo sempre dizer algo sobre todas as coisas e em todas as circunstâncias
Liberta-me da obsessão de pretender pôr em ordem a vida dos outros
Torna-me sábio, mas não azedo; atento mas não autoritário
Parece-me um pecado não poder utilizar toda a minha experiência; faz que não repita infinitamente as mesmas coisas, e que não importune com conselhos irritantes...
Fecha os meus lábios sobre os meus males e achaques, embora eles aumentem cada vez mais, e faz que saiba sempre sorrir quando os enumerar.
Não gosto muito de certa santidade: alguns santos são tão difíceis de se lhes chegar!
Mas um velho cheio de amargura é certamente uma das invenções mais conseguidas do diabo
Torna-me capaz de descobrir o bem onde o houver, mesmo nos sítios onde menos espero.
E de encontrar qualidades nas pessoas que achava não tivessem
E concede-me de lho dizer com ternura
Oração Inglesa, séc. XVII
Não posso negar o que vi, o que cheirei, que senti, o que amei. Não posso negar que fui feliz, se fecho os olhos e sinto outra vez todos os instantes felizes. Não, não posso negar que atravessei rios contigo, que te ensinei o nome das estrelas, que ouvimos juntos os pássaros e o vento nas árvores, e caminhei pelas ruas de mãos dadas contigo e que houve outros momentos que não foram felizes mas que, mesmo então e mesmo longo dos corredores dos hospitais, havia uma luz ao fundo e essa luz indicava o caminho. Enquanto me lembrar, estarei vivo, porque esse é o mais certo indício de vida. Eu estarei vivo e, vivendo, não deixarei morrer quem caminhou comigo, ao longo do caminho.
Miguel Sousa Tavares, “Não te deixarei morrer, David Crockett”
Concede, Senhor, à Tua Igreja, em união com
O Papa Bento XVI e com o nosso Bispo Albino,
Em união com os santos que já estão na Tua presença,
Sobretudo a Virgem Maria,
A necessária valentia e fidelidade,
Para ser fermento de uma vida nova no meio da sociedade;
Faz-nos trabalhar em confiança,
Sabendo ver a tua presença
Nas pessoas, na Natureza, nas coisas e nos acontecimentos,
Enquanto caminhamos para o dia
10. Abraço da Paz – Canção dos Abraços
São dois braços, são dois braços
Servem p’ra dar um abraço
Assim como quatro braços
Servem p’ra dar dois braços
E assim por aí fora
Até quando for a hora
Vão ser tantos os abraços
Que não vão chegar os braços,
“prós” abraços…
Vão ser tantos os abraços,
Que não vão chegar os braços,
“Prós” abraços... “prós” abraços...
11. Comunhão – O Bom Pastor
Quando Te encontro descanso
Tu reconfortas minha alma
Cristo Senhor és o guia
O bom pastor que me conduz
Minha vida minha luz (bis)
O Teu caminho me guia
Para louvor do Teu nome Refrão
Não temerei os perigos
Pois sei que Tu estás comigo Refrão
O Teu festim me conforta
Faz-me cantar de alegria Refrão
12. Acção de graças
Tenho tanto para LHE agradecer
Que a eternidade não irá chegar
Porque ELE fez em mim maravilhas…
- A maravilha de ter-me feito livre, don@ dos meus destinos, responsável pelos meus actos, capaz de discernir entre o certo e o errado, senhor@ das minhas opções.
- Porque ELE me disponibilizou o necessário para eu próprio acrescentar e fazer crescer o que recebi.
- Porque ELE me rodeou de amigos feitos e de outros para fazer, dando-me a oportunidade de exercer a aprendizagem dos afectos, a dureza para chegar a eles e o consolo de os alcançar.
- Porque ELE me fez participante de uma longa caminhada que se faz entre as vidas das tias Fernanda e Cassilda e os netos que hão-de vir quando chegar a hora.
- Porque esse caminhar acompanhado me ensinou o valor da luta pela justiça, o desejo de viver livre de todas as opressões, a valorização das oportunidades que a desinstalação provoca e a alegria de voltar a pátrias de novas esperanças.
- Caminhada essa que me conduziu por trilhos solidários, mesmo ao pé da porta, enchendo-me a casa e a vida de bocas para alimentar e espíritos para educar, numa consolação de dores, num germinar de amores.
- Porque ELE participa das nossas vidas com infinito afecto, acompanhando a nossa juventude perene que apenas vive um pouco, parece envelhecer por for a e se mantém fresca e forte no profundo do coração e da mente.
Por tudo o que já sei e pelo que vou descobrindo do Seu amor…
Tenho tanto para LHE agradecer
Que a eternidade não irá chegar
13. Cântico Final – Tu não nos quiseste abandonar
Refrão
Tu não nos quiseste abandonar
Connosco prometeste caminhar
Senhor para ler os teus sinais
Olhámos em redor Senhor
Morrias nos jornais
Na cruz do teu amor Refrão
Senhor, queremos repetir
A tua criação Senhor
Queremos construir
A paz em comunhão Refrão
Senhor, é longa a caminhada
Rumo a Jerusalém, Senhor
Sê nosso camarada
Na luta pelo bem Refrão
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